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Estimativas do estoque de carbono do solo: métodos e um estudo de caso do Estado do Maranhão, Brasil

Autor: Telmo José Mendes; Diego Silva Siqueira; Eduardo Barretto de Figueiredo; Ricardo de Oliveira Bordonal; Mara Regina Moitinho,;José Marques Júnior & Newton La Scala Jr.

Palavras-chave: Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade

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Resumo

Os solos apresentam variações significativas nos estoques de carbono do solo por meio de mudanças no uso da terra, práticas de manejo e características intrínsecas. O objetivo deste estudo foi estimar as mudanças no estoque de carbono do solo em diferentes cenários de uso da terra e manejo agrícola no Estado do Maranhão, Brasil, considerando a conversão da agricultura convencional em sistemas de gestão conservacionista. As mudanças nos estoques de carbono do solo foram estimadas do cenário t0 para o cenário atual (2010), seguida pela adoção de um cenário conservacionista até o ano de 2030. Os solos sob pastagens apresentaram a maior média de estoques de carbono (62,19 Mg ha-1), seguidos por terras florestais (61,60 Mg ha-1) e terras agrícolas (38,28 Mg ha-1). A conversão da vegetação nativa em uso agrícola intensivo contribuiu para as perdas de carbono do solo de 1,57 Mt C, com pastagens representando 1,36 Mt C e terras agrícolas para 0,21 Mt C até 2010.A substituição de sistemas agrícolas intensivos em sistemas conservacionistas nas áreas atuais tem um potencial técnico para o sequestro de carbono do solo de 0,6 Mt até 2030, com terras agrícolas e pecuárias representando 0,54 e 0,03 Mt C, respectivamente.