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Variabilidade espacial de óxidos de ferro em solos de arenito e basalto brasileiro

Autor: Laércio Santos Silva, José Marques Júnior, Vidal Barrón, Romário Pimenta Gomes, Daniel De Bortoli Teixeira, Diego Silva Siqueira, Vinícius Vasconcelos

Palavras-chave: Espectroscopia de refletância difusa, Goethita, Hematita, Pedometria, Mapeamento

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Resumo

Os óxidos de ferro como goethita (Gt) e hematita (Hm) são minerais essenciais para entender melhor as relações solo-paisagem. Amostras de solo foram coletadas em três estágios de dissecação da paisagem das formações geológicas do Vale do Rio do Peixe (arenito) e Serra Geral (basalto) no Planalto Oeste Paulista (WPP), Brasil. Ambos os óxidos de ferro foram quantificados por difração de raios-X (DRX) e espectroscopia de refletância difusa (DRS), e os resultados foram submetidos a análises geoestatísticas, a fim de avaliar a utilidade do DRS na caracterização da variabilidade espacial em Gt e Hm. A prevalência e variabilidade espacial de Hm e Gt nos solos foram governadas pelo contraste litológico arenito / basalto e dissecção da paisagem. Os óxidos de ferro na fração argila exibiram alta variabilidade espacial em uma grande área e podem ser indicadores robustos de diversidade geológica e dissecção da paisagem em pedoambientes com baixo ou alto teor de óxidos de ferro. Goethita teve a maior variabilidade espacial. Com base no padrão espacial das diferenças entre as estimativas DRS e DRX, a cor vermelha saturada no solo tornou o DRS menos útil para quantificar Hm em ambientes com alto teor de óxido de ferro. Os mapas indicam a sensibilidade das técnicas de DRX e DRS para representar os padrões de variabilidade espacial de Hm e Gt. Gt foi mais sensível à dissecação da paisagem, enquanto Hm sensível à litologia. Assim, a técnica DRS é eficiente em caracterizar a variabilidade espacial desses óxidos de solo em grandes áreas, mesmo considerando as complexas relações entre solo e paisagem.