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Mineralogia e Capacidade Máxima de Adsorção de Fósforo no Desenvolvimento da Soja

Autor: Reginaldo Oliveira Laércio Silva Naiara Souza Marizane Pietroski Gustavo Caione Getulio de Júnior Guilherme Ferbonink Romário Gomes José Júnior Gustavo Santos Milton Campos

Palavras-chave: produção de grãos, oleaginosas, isotermas de langmuir

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Resumo

A baixa fertilidade natural dos solos tropicais e a mineralogia quase dominada por óxidos de ferro e alumínio limitam a disponibilidade de fósforo (P) às plantas, causando impactos negativos no rendimento da soja. Objetivou-se avaliar o efeito da adubação fosfatada em solos com diferentes capacidades de adsorção máxima de fósforo (CAP) no desenvolvimento da soja. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, utilizando Latossolo Vermelho-Amarelo (RYL) e um Argissolo Vermelho-Amarelo (TH) como substrato. As análises foram realizadas em delineamento experimental inteiramente casualizado, em esquema fatorial 5 × 2, com três repetições. Os tratamentos consistiram de 5 doses de P aplicadas, correspondendo a 0, 1, 6, 12 e 24% de CAP de cada solo. No solo, caracterizaram-se a mineralogia da fração argila (hematita, goethita, gibsite e caulinita) e os atributos cristalográficos. Na planta, avaliamos o crescimento e a produção de vagens. O CAP dos solos variou de 220 a 650 mg dm-3 com maior valor no RIL associado à mineralogia e textura oxidativa argilosa em relação ao TH de origem caulinita e textura arenosa, sendo que a maior energia de adsorção observada foi para TH. A aplicação de fósforo de 16 a 21% de CAP, independentemente do solo, promove o mesmo padrão de resposta com melhoras no desenvolvimento da soja, evidenciada pelo aumento do teor de P no tecido vegetal, altura da planta, volume radicular e massa seca aérea.